A
minha pintura assemelha-se a um jogo.
Esse
jogo tem diversos protagonistas que são os pontos, as linhas, as cores e são
comparáveis às letras do alfabeto.
Essas
letras do alfabeto interagem e dão origem a formas, a texturas, a volumes, ao
espaço, etc.
Constituem
um tipo de linguagem pictórica, composta pelos protagonistas que interagem e
ganham sentido numa composição; tal e qual como na linguagem verbal ou musical
e todo o tipo de linguagem.
Este
primeiro comentário tem muito sentido para mim, porque ao jogar com esses
elementos, posso passar fácilmente do abstraccionismo para o figurativo e
vice-versa sem pensar que o processo constitui uma fase sem retorno.
Existe
um elemento muito importante e que está quase sempre presente; esse elemento
tem o nome de “COR” e constitui para mim uma verdadeira paixão. Ela apoderou-se
de mim muito mais que a própria forma e tem tendência a sofrer metamorfoses a
uma grande velocidade.
Neste
momento está a ficar mais suave mas, quem sabe, logo a seguir poderá evoluir
para outros contrastes e assim sucessivamente….
O
título desta exposição constitui uma proposta resultante de um estudo sobre a
percepção da cor e o que ela traduz em emoção, equilíbrio, harmonia e
desarmonia. Tudo depende da colocação na composição e das emoções e pensamentos
que a cor provoca em nós.
O
branco, o azul, o vermelho vivo, o vermelho carmim, o verde, o castanho, o
creme, etc, nunca estão lá por acaso.
Existe
uma intencionalidade na plasticidade da cor e na espessura da tinta.
Os
“temas” são vários consoante os momentos. Existe uma tendência para captar a
faceta poética e feminina da vida.
A
COR, a forma, as texturas, o traço, o equilíbrio e a intencionalidade do tema
dão expressão ao conjunto.
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